As dez Administrações Regionais de Curitiba ficarão mais preparadas para enfrentar desastres naturais, como enchentes, alagamentos, cheias de rios, deslizamentos de terra ou vendavais. Nesta quarta-feira (05/04) o prefeito Rafael Greca assinou o decreto municipal 798, que criou o Comitê Gestor do Programa Construindo Cidades Resilientes, programa mundial da Organização das Nações Unidas (ONU). A assinatura do decreto foi no Salão de Atos do Parque Barigui.
Segundo a ONU, uma cidade resiliente é a que tem a capacidade de resistir, absorver e se recuperar de forma eficiente dos efeitos de um desastre. Além disso, de maneira organizada, evitar que vidas e bens sejam perdidos. Para isso, cada Administração Regional de Curitiba terá um núcleo especializado da Defesa Civil para atuar na prevenção e dar uma resposta rápida em caso de desastres naturais. O comitê gestor terá participação do poder público municipal e estadual, da sociedade civil organizada, de instituições de ensino e pesquisas, e de membros das associações de bairros.
"Curitiba está localizada entre duas serras, nesta imensa planície onde nasce o Rio Iguaçu e correm perto de quatro mil arroios, rios e riachos", disse Greca, ao lembrar que muitas pessoas vivem em áreas irregulares, próximas aos rios, e sofrem com as cheias. "O programa da ONU tem que ser repetido aqui nos fundos de vale e nas áreas de habitação irregular. Espero que cada regional tenha um comitê de Defesa Civil muito atento e pronto para agir ao primeiro sinal de alarde", completou.
Mais rapidez
O coordenador da Defesa Civil de Curitiba, inspetor Nelson de Lima Ribeiro, afirmou que a criação do comitê gestor vai deixar mais rápidas as ações de prevenção e reação aos desastres. "Sozinhos nada podemos fazer, mas unidos vamos deixar Curitiba uma cidade mais resiliente e forte", disse Ribeiro.
O secretário de Defesa Social e Trânsito, Algacir Mikalovski, também destacou a importância de participar do programa da ONU. "Curitiba é uma cidade de vanguarda, estamos retomando isto. Precisamos prevenir e agir rápido em caso de desastres, este programa vai ajudar a atender as pessoas que moram em locais de risco", explicou Mikalovski.
Para o assessor da Prefeitura para Relações Internacionais, Rodolpho Zannin Feijó, com a criação do comitê para integrar as ações do programa da ONU, a cidade volta a ser protagonista no cenário global. "Curitiba dá mais um passo para se reconectar com a agenda global, estabelecendo uma interlocução do mais alto nível internacional", definiu Feijó.
Participações
A solenidade foi acompanhada por representantes de associações de bairros, dos núcleos da Defesa Civil nas Regionais e do Estado, do Corpo de Bombeiros, e o cônsul-geral adjunto do Japão em Curitiba, Hiroshi Teramichi.
Também participaram os administradores regionais do Bairro Novo, Fernando Werneck Bonfin; do Boa Vista, Janaína Lopes Gehr; do Boqueirão, Ricardo Alexandre Dias; do Cajuru, Marcio José Nunes; da CIC, Raphael Keiji Assahida; da Matriz, Guacira Camargo Assunção Civolani; do Portão/Fazendinha, Gerson Gunha; de Santa Felicidade, Simone da Graça das Chagas Lima; e do Tatuquara, Jadir Silva de Lima; o diretor-geral da Guarda Municipal, Odgar Nunes Cardoso, o secretário municipal do Abastecimento e Agricultura, Luiz Gusi; a presidente do Instituto Curitiba de Saúde (ICS), Dora Pizzatto; o comandante da 5ª Região Militar do Exército, general de brigada Alessio Oliveira da Silva, a coordenadora de Políticas para as Mulheres, Terezinha Pereira, e a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Sandra Prado.