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Profissionais da Educação recebem aulas de primeiros socorros e fazem simulação de incêndio

Profissionais da Educação recebem aulas de primeiros socorros e fazem simulação de incêndio

Mais uma turma de profissionais da Secretaria Municipal da Educação, entre professores, funcionários das escolas e dos centros municipais de educação infantil (CMEIs), servidores que atuam nos núcleos regionais e nos departamentos, recebeu aulas de primeiros socorros esta semana dentro da programação do programa Conhecer para Prevenir, da Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Curitiba.


O curso tem carga horária de 20 horas, dividido em cinco dias, e a ideia é transmitir noções de primeiros socorros para que esses servidores possam, diante de uma situação de emergência em seus postos de trabalho, prestar o primeiro atendimento às vítimas e oferecer o suporte necessário até que o socorro médico chegue ao local.


Acidentes, febre alta que provoque crise convulsiva, sufocação por leite após refluxo ou engasgamento com comida, além de quedas, fraturas, escoriações e problemas cardiovasculares são algumas situações que podem exigir dos profissionais da Educação conhecimento básico de primeiros socorros. "Ministramos o curso em todos os órgãos municipais, mas somos mais demandados pela Secretaria da Educação, até por causa das metas do programa Conhecer para Prevenir", informou o guarda municipal Rodrigo Alípio, instrutor do curso.


A técnica da Gerência de Projetos Educacionais da Secretaria de Educação, Luciene Veiga Rohde, disse que a procura pelo curso tem aumentado entre os servidores. "Até o ano passado, fechávamos turmas com 30 servidores por curso, seguindo uma lista prévia que distribuía as vagas por núcleo regional e para os funcionários dos departamentos da secretaria. Agora, as inscrições são livres e feitas diretamente na internet pelo sistema Aprendere da Prefeitura de Curitiba até o limite de 40 alunos", explicou Luciene.


Entre os conteúdos trabalhados estão conceitos de anatomia, traumas e sinais vitais; abordagem primária e desobstrução das vias aéreas; reanimação cardiopulmonar; ferimento, hemorragias e fraturas; além de queimaduras, acidentes com animais peçonhentos, emergências clínicas e informações sobre o programa Conhecer para Prevenir.


"A maior divulgação é feita pelos servidores que já receberam essa capacitação. Recebemos muitas ligações elogiando o curso e os agentes da Defesa Civil", conta Luciene. A estrutura da Secretaria da Educação é composta por 184 escolas municipais, 199 CMEIs, 9 núcleos regionais e 5 departamentos administrativos.


Aprendizado importante


Márcia Regina Dargel da Silva, funcionária da Escola Municipal Castro, no Xaxim, já faz propaganda do curso antes mesmo de conclui-lo. Na quarta da série de cinco aulas, ela conta que o aprendizado "é emocionante desde as primeiras informações". "Posso não sair especialista no tema, mas aprendi coisas que não esquecerei e que tenho certeza de que serão úteis dentro e fora da escola; além do que não se pode fazer de jeito nenhum", disse.


Uma das coisas que Márcia aprendeu no curso que não se pode fazer em uma situação de emergência é entrar em pânico. "A gente precisa, antes mesmo de se aproximar e se precipitar em prestar auxílio é garantir a nossa própria segurança, observar e entender bem a situação e sempre manter a calma", falou. Há dois dias, uma das crianças da escola teve sangramento no nariz. Ela sabia o que fazer e como proceder para estancar ou mesmo desobstruir as vias do estudante.


A agente administrativa do CMEI Jardim Gabineto, Claudia Casagrande, comentou que, antes do curso, havia recebido noções de primeiros socorros quando foi tirar sua carteira de habilitação. Agora, ela sente que aprofundou os conhecimentos, recebendo informações que incluem não apenas como agir, mas também a quem contatar nas diversas situações emergenciais. "Já aconteceu de uma criança fraturar o braço após uma queda no parquinho. Acionamos a emergência médica, a família e atendemos a criança até a chegada do serviço. Se os socorristas demorassem a chegar, uma das alternativas seria imobilizar com tala o braço da criança e isso eu aprendi a fazer no curso", finalizou.


Simulado nota 10


Na manhã desta sexta-feira (28), as 164 crianças e 31 funcionários do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Eonides Terezinha Ferreira, no bairro Santo Inácio, Regional de Santa Felicidade, participaram de um simulado surpresa de evacuação do prédio.


Por volta das 8h30, o agente da Defesa Civil na Regional de Santa Felicidade, guarda municipal Nilson Calado de Miranda e a responsável pelo programa Conhecer Para Prevenir do Núcleo Regional de Educação, Márcia Cristina Affânio Rodrigues, chegaram ao CMEI e simularam uma situação de perigo, envolvendo um incêndio devido a um curto circuito na geladeira do lactário, que fica ao lado das salas do Berçário e Maternal 1. A funcionária do lactário, imediatamente, localizou a brigadista da unidade, professora Viviane Cristine Alves, que tentou conter o foco de incêndio com o uso de um extintor - tudo simulado. Não conseguindo, a brigadista acionou a direção do CMEI. A diretora Mary Helem Moy confirmou que não foi possível conter o perigo e prontamente tocou a buzina, que é o sinal da necessidade de evacuar a escola.


As primeiras turmas a saírem do prédio foram as mais próximas do lactário. Para não passarem em frente à sala que supostamente estaria em chamas e com muita fumaça, saíram por portas laterais, que dão diretamente para o jardim e pátio do CMEI. As demais crianças, das salas mais afastadas do perigo, que aguardavam em fila pela vez de abandonarem o prédio, saíram ordenadamente pelo corredor, acompanhadas das professoras. Atrás de cada turma, uma funcionária fazia a varredura para ver se ninguém ficou para trás: nenhuma criança, profissional da unidade, pais ou visitantes. Do lado de fora, todos aguardariam no local de encontro a chegada dos bombeiros ou equipes do atendimento médico. Tudo isso aconteceu em 3min e 40seg e mereceu a nota 10 da Defesa Civil.


A atividade simulada é uma das etapas da formação que os profissionais da Educação recebem dentro do Plano de Preparação de Emergência Local (PPEL) e integra as ações do programa Defesa Civil na Educação - Conhecer Para Prevenir (CPP). No CMEI Eonides Terezinha Ferreira, já foram realizadas perto de dez ações, quatro delas - ou duas por ano - valendo nota e com o acompanhamento da coordenação regional do CPP. A diretora explica que o treinamento é uma rotina e, muitas vezes, eles fazem sozinhos para aperfeiçoarem cada vez mais a operação e tornar mais ágil a evacuação do prédio. "Começamos com 5 minutos e 10 segundos e já baixamos esse tempo. A gente nunca quer que uma situação real assim aconteça, mas se ocorrer, temos de estar preparados", disse.


O guarda Calado observou com muito cuidado toda a ação do CMEI e conferiu nota máxima porque todos os passos indicados na formação foram seguidos corretamente no treinamento simulado. "Não teve erro. A gente percebe quando as pessoas treinam mesmo sem a gente por perto e aperfeiçoam a prática de tomar as decisões corretamente e o mais rápido possível", disse. "Observamos que tempo foi excelente, mas a organização da saída foi impecável. Quanto mais organizada a saída, mais rápido será a fuga para o local seguro", completou. O simulado também foi aprovado pelas crianças do Maternal 3, como as pequenas Yasmim Dering da Silva, Laura Beatriz do Nascimento e Ana Carolina do Anjos. A Ana Carolina, de 4 anos, disse aliviada: "deu tudo certo!".


O Conhecer para Prevenir está implantado em 100% das unidades educacionais da Regional de Santa Felicidade. O programa é uma das dez boas práticas em desenvolvimento que rendeu à Prefeitura de Curitiba este ano o Selo ODM, certificação da Organização das Nações Unidas - ONU para as instituições e empresas que contribuíram para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.


Capacitações

Em um evento adverso a possibilidade de alguém sofrer alguma queda, escorregar ou se machucar é muito grande. Para isso precisamos de pessoas capacitadas para atender àquele que necessitar de ajuda.


Estabelecer os requisitos para a elaboração, manutenção e revisão de um plano de emergência contra incêndio, visa proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio.



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