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Equipes da Prefeitura trabalham para normalizar a cidade após temporais


Na manhã desta segunda-feira (20) não há mais pontos de alagamento, ruas interrompidas por árvores ou entulhos nem semáforos desligados em Curitiba. Equipes da Prefeitura de Curitiba trabalham ininterruptamente e de maneira intensa desde as 16h30 da sexta-feira (17) para garantir a volta à normalidade na cidade, depois da chuva forte dos últimos dias. Foram distribuídos 124 metros de lonas às vitimas de destelhamento. Não há registro de nenhum desabrigado ou desalojado.


No fim de semana, a Defesa Civil de Curitiba atendeu a um total de 77 ocorrências. Destas, 70 foram quedas de árvores, cinco destelhamentos, um alagamento e uma queda de fio de energia.


A Secretaria Municipal do Meio Ambiente atendeu diretamente 82 ocorrências, sendo 15 de obstruções de árvores e galhos caídos em vias públicas. Os bairros mais atingidos por este tipo de situação foram Campina do Siqueira, Ahú, Pilarzinho e São Braz.


"Embora a situação esteja controlada, nossos atendimentos à população prosseguem nesta segunda-feira", disse o chefe de Operações da Defesa Civil de Curitiba, supervisor José Augusto Gruba. Segundo informou, há vários pedidos para verificação de risco estrutural de residências e edificações, que teriam sido causados pelas fortes chuvas, mas até agora não houve necessidade de interdição em nenhum imóvel.


Gruba explicou que ainda há muitas equipes nas ruas, em especial da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, trabalhando na retirada de entulhos de galhos e árvores que caíram no final de semana. "Nenhum entulho, entretanto, está obstruindo vias de trânsito nesta manhã", disse.


Outros reparos também estão sendo providenciados pelas equipes, como o conserto do telhado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Boa Vista, onde houve destelhamento na tarde de domingo.


Segundo o Simepar, no final da tarde de sexta-feira houve registro de 38,4 mm de chuvas em Curitiba. No domingo, o volume foi de 24,2 mm. "A previsão de chuvas acumuladas para todo o mês de outubro é de 133 mm, o que significa que metade deste volume choveu apenas nestes dois dias", disse Gruba.


"Felizmente, em Curitiba não houve registro de desabrigados ou desalojados, mas já estávamos preparados, caso fosse preciso, com o indicativo de abrigo numa escola situada no bairro Lamenha Pequena, na Regional de Santa Felicidade", explicou Gruba.


Temporais


Segundo a Defesa Civil de Curitiba, as regiões com maior índice de ocorrências foram CIC, Fazendinha, Santa Felicidade, Barreirinha e Boqueirão. O caso mais grave registrado no final de semana aconteceu na noite de sexta-feira, quando houve uma vítima fatal. Um homem de 32 anos foi arrastado pelas águas de um córrego durante o temporal, no bairro Alto Boqueirão.


Segundo informações do Corpo de Bombeiros, ele estava em casa no momento da chuva tentando salvar alguns objetos. O homem teria caído próximo ao córrego e foi levado pelas águas.


O plantão da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) também atendeu a diversas ocorrências, tanto na sexta-feira quanto no domingo. Foram registrados pontos críticos no fluxo de trânsito, devido a interdições de pistas e interrupções em funcionamento de sinaleiros.


Em casos de emergências ocasionados devido ao mau tempo, a população deve entrar em contato com a Defesa Civil, pelo fone 199 ou pelos fones 153 (guarda municipal) e 193 (Corpo de Bombeiros). O telefone 156 é mais viável durante a semana nos horários comerciais.


Educação


A maior parte dos estragos nas escolas municipais foi causada pela chuva do fim da tarde de sexta-feira (19). Os trabalhos de reparo e manutenção já iniciaram e seguirão ao longo de toda esta semana. Não há previsão de término dos trabalhos uma vez que grande parte dos serviços são em telhados e dependem de boas condições climáticas.


Entre os bairros com maior número de unidades danificadas está o Novo Mundo. Na Escola Municipal Papa João XXIII o telhado do pátio interno não suportou o volume da água e alagou. O portão de saída das crianças menores também ficou interditado.


Na Escola Municipal Graciliano Ramos, três salas de aula, a do almoxarifado e o pátio interno precisaram ser esvaziados. As crianças que estavam finalizando as atividades do dia precisaram ser levadas para outros espaços da escola. Parte do telhado do complexo dois da Escola Municipal Professora Nair de Macedo cedeu e três salas ficaram muito molhadas. As crianças já haviam terminado as atividades e saído da escola.


No Centro Municipal de Educação infantil Uberlândia (CMEI), houve problemas no telhado, uma vez que a calha não suportou o volume de água. O mesmo ocorreu nos telhados CMEI Osvaldo Cruz I e no São José, este no bairro Cidade Industrial.


Já na Escola Municipal Ulisses Falcão Vieira, no Campo Comprido, foi o muro que não suportou o volume de água e cedeu. Duas árvores do Bosque Alemão caíram e danificaram o telhado da Casa Encantada, que funciona como biblioteca e espaço de contação de histórias.


As atividades aconteceram normalmente no sábado, mas precisaram ser interrompidas no domingo quando ventos fortes derrubaram telhas e houve queda da luz. Nesta segunda-feira o espaço estará fechado para a manutenção.


Durante a ocorrência de tempestades e vendavais, a Prefeitura de Curitiba orienta a população para que:


1 - Quando estiver em ruas e avenidas, evitar passar sob cabos elétricos, outdoors, andaimes, escadas e estruturas que não transmitem segurança. Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e a placas de propaganda, pois estas são vulneráveis a ventos fortes;


2 - Não se abrigar debaixo de árvores ou em frágeis coberturas metálicas;


3 - Evitar estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica;


4 - Não tocar em equipamentos que estejam ligados a rede elétrica;


5 - Após vendavais, ajudar na limpeza e recuperação da área onde se encontra, começando pela desobstrução das ruas e outras vias.

Capacitações

Em um evento adverso a possibilidade de alguém sofrer alguma queda, escorregar ou se machucar é muito grande. Para isso precisamos de pessoas capacitadas para atender àquele que necessitar de ajuda.


Estabelecer os requisitos para a elaboração, manutenção e revisão de um plano de emergência contra incêndio, visa proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio.



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